quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

vagas coisas sobre coisas vagas

Não sei muito sobre uma coisa, mas sei ao menos uma coisa sobre muitos. Não tenho a graça de ter todos os poemas de Vinícius na memória, muito menos todas as músicas de Chico na ponta da língua.

Jamais li um livro de Foucault e não me recordo de ter visto ao menos um trecho que seja de algo do Godard. Sei vagas coisas sobre coisas vagas. Entretanto, não me sinto menos por tudo isso. Sinto que posso ser mais do que essa forma que muitos podem chamar de medíocre.

Posso evoluir, posso ser mais, ser muito mais. Todavia, do que me adiantaria verdadeiramente saber de tudo sem ao menos saber de verdade quem eu sou? Em qual dessas rimas, notas, palavras ou imagens eu me encontraria de fato? Em qual delas eu veria meu rosto, meu corpo, meu ser?

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