quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

O silêncio é Agridoce.

Todas aquelas palavras não ditas são como ácido que corroem a alma em um tom doce. "Perdoe meu amor, mas o amor não é suficiente.",  saiu como um sussurro quase sem cor. O silêncio é Agridoce. 

terça-feira, 19 de julho de 2011

Salte

Por um dia esqueça de todas as preocupações. Desligue o celular, tire seu relógio, quebre suas próprias regras, saia da rotina: se perca.

Seja feliz. Pegue sua melhor roupa (ou sem roupa), suas economias e faça tudo àquilo que puder imaginar. Pule em queda livre, salte de pára-quedas, mergulhe, dance de forma particular: se permita.

Fique confortável ao lado de quem você quiser. Dê mais beijos, mais abraços, vá a lugares bons, vá a restaurantes bons, peça bebidas caras, ria de si mesmo, respire: se sinta.

Perca-se de todos, de tudo, e até mesmo de você: se encontre.

sábado, 21 de maio de 2011

Sou orvalho

Já não choro mais como ontem amor. Hoje choro em silêncio, quase um sussurro da noite. Não há sonífero melhor do que lagrimas umedecendo sua face devagar. Não sou mais cachoeira amor, sou orvalho. Acredite quando digo que não choro por você muito menos por mim.  Choro por nós, pelo o fim do nós. Choro no presente por um futuro não escrito e as lembranças do passado. 

sábado, 14 de maio de 2011

Seqüência de nós

Caixa de mensagens cheia, o celular não para de avisar. Não consigo, só não consigo apertar o botão que apaga todas as suas mensagens velhas. Fico lendo e relendo cada letra, palavra, ponto e vírgula procurando sinais de quando tudo findou. Quando você parou de me querer e eu de te ter?

Tudo se passa como um filme em uma seqüência de nós. Entretanto, já não somos mais "nós". Irei te apagando pouco a pouco a cada mensagem, até que não reste mais nenhum sinal de você em mim. 

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Soneto da Separação - Vinicius de Moraes

De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto 

De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama 

De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente 

Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

O amor não é efémero

Algo se quebrou por dentro. Terá sido o encanto ou o amor? Quem sabe este nunca tenha existido no outro. Os olhos denunciam.

Não era pra doer tanto, o amor não devia doer tanto.  Eu tenho a certeza que existe em mim, ele não me deixa esquecê-lo.

Dói, dói sempre que percebo no olhar que ele quiçá não tenha existido ou talvez esteja perdendo-o aos poucos. Há horas em que quero abdicar desse amor, ele me assusta, tira minha calma.

Não consigo controlar - ele muda meu humor, meus pensamentos, meu norte - . Penso que nunca senti algo tão forte e agora já não posso condenar os que ficam loucos de amor, não os recrimino. É quase uma droga, não, é uma droga.

A pior das drogas, pois não está a venda.  Não é algo que possamos conseguir de imediato, não é efêmero. O amor não pode ser efêmero.

Posso concertá-lo? Preciso colar todos os mínimos fragmentos cortantes. Como?

sábado, 29 de janeiro de 2011

Escolher o Parágrafo

Pessoas podem fazer coisas ruins, mas acredite sempre terá alguém que faça coisas piores do que você imaginaria fazer. Só de você parar para analisar as possibilidades já demonstra isso. Pessoas que gostam de exercer o mal não pensam, apenas praticam.

Por outro lado e com a pequena diferença de três antônimos estão as "outras pessoas". Pessoas podem fazer coisas boas, mas acredite sempre terá alguém que faça coisas melhores do que você imaginaria fazer. Só de você parar para analisar as possibilidades já demonstra isso, pessoas que gostam de exercer o bem não pensam, apenas praticam.

Cabe a nós escolher qual o parágrafo? Isso define quem somos? São coisas feitas sem pensar, determinadas pelo seu sub-consciente.  Apenas tome cuidado com a ambigüidade dos trechos acima. Qual seria a melhor analise de possibilidade: hesitar o mal ou titubear o bem? 

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

vagas coisas sobre coisas vagas

Não sei muito sobre uma coisa, mas sei ao menos uma coisa sobre muitos. Não tenho a graça de ter todos os poemas de Vinícius na memória, muito menos todas as músicas de Chico na ponta da língua.

Jamais li um livro de Foucault e não me recordo de ter visto ao menos um trecho que seja de algo do Godard. Sei vagas coisas sobre coisas vagas. Entretanto, não me sinto menos por tudo isso. Sinto que posso ser mais do que essa forma que muitos podem chamar de medíocre.

Posso evoluir, posso ser mais, ser muito mais. Todavia, do que me adiantaria verdadeiramente saber de tudo sem ao menos saber de verdade quem eu sou? Em qual dessas rimas, notas, palavras ou imagens eu me encontraria de fato? Em qual delas eu veria meu rosto, meu corpo, meu ser?

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Karma

Sou refém do seu destino. Tu és meu Karma. Não cogite pensar que eu não queira me ver livre de você, só não consigo. Meus pensamentos soltos sempre terminam em uma cena: você. 

Você olhando pra trás e sorrindo. Você sentado na mesa da frente pensando com aquela cara de bravo. Você olhando fixamente nos meus olhos tentando decifrar meus pensamentos. Ah, se eu pudesse ler os seus, mesmo que por alguns segundos, poderia entender boa parte do mistério que há em você. Mistério que insiste em me manter por perto. 

Jamais conseguiríamos ser apenas eu e você, separadamente. Entretanto, temo que nunca sejamos nós.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Passione

Paixão é uma fração de amor. 
Uma amostra grátis, um tempero pronto. 
Paixão sem amor é perecível, tem validade. 
É efêmero.