terça-feira, 15 de abril de 2008

é pura ilusão


E quando já não sabemos o que realmente nos faz feliz? E quando estamos em um labirinto de idéias e sentimentos os quais não podemos realizar? O que pode ser feito? É frustrante não saber o que fazer. (às vezes até saber, mas não poder). Neste caso talvez um pote de sorvete e muitas lagrimas não resolvam, mas amenizam em parte a angustia de ver a vida passar e estar apenas em segundo plano, como coadjuvante de um belo romance.

Talvez a culpa disso seja toda minha, de pensar que os problemas dos outros são mais fácies de solucionar que os meus. Alem disso achar que um dia alguém - assim como eu -, vai se importar um pouco com os MEUS problemas e me ajudar a solucioná-los, não que eles sejam GRANDES problemas, mas não deixam de ser problemas – é pura ilusão.

terça-feira, 1 de abril de 2008

Braços Abertos




Sabe, sempre quis ter amigos de infância. Na verdade sempre tive um pouco de inveja das pessoas que têm. Não que eu não adore amizades curtas - isso seria até idiota - porque pra quem (como eu), que já mudou cinco vezes de cidade, onze de colégio e passou por nove escolas diferentes, só o que se pode ter são amizades curtas.
Entretanto, sempre quis ter um amigo de infância...

Aquele com quem possa lembrar das travessuras, brincadeiras, esconderijos secretos, linguagens estranhas, receitas de areia, grama e plantinhas coloridas. Poder sentar uma tarde inteira e ficar vendo fotos (rindo dos cortes de cabelo), vídeos e morrendo de vergonha de sempre aparecer pulando e gritando mais que todo mundo nas filmagens.
Além disso, pensar que você evoluiu com aquela pessoa, você fez parte de toda a vida dela, e ela da sua. Quase sempre brigando pelo lápis de cor (fazendo as pazes) brigando de novo pelo lado da parede, e no minuto seguinte já estarem pulando e desenhando escondidos na parede da casa da sua avó, aquela nos fundos que é branquinha e tem um jardim ao lado.


Essa segurança que um amigo de longos anos nos dá, por termos a certeza de que ele entende o que a gente quer falar apenas pelo olhar, ou pelo tom de voz. De ele saber de todos os nossos segredos e medos, e quando já não tem mais ninguém pra nos escutar, ele ta lá de braços abertos dispostos apenas a ouvir, sem reclamar nem sequer questionar (é sempre tão bom ter um abraço assim).