quarta-feira, 3 de setembro de 2008

A ave que vem de longe tão bela



Estou cética quanto ao amor. De alguma forma eu sei que ele existe e move o mundo com toda a sua beleza e graça – mas não pra mim, pelo menos não hoje. Nisso fico tentando imaginar o porquê de ser tão difícil encontrar-lo já que ele está em tudo e em todos, pelo menos é o que tentam transmitir sublinarmente os filmes, novelas e até as músicas – ‘All you need is love’, mas como possuir algo que não conseguimos controlar?-.

Isso pode parecer ridículo, mas é (a meu ver) uma coisa a se pensar. Entretanto, será que o amor é algo pra ser possuído, pra ser dividido ou apenas pra ser sentido? Os três (ou talvez nenhum). O amor não é um cálculo matemático que possa ser explicado em poucas palavras, muito mesmo um CD que possa comprado ou emprestado.

Você pode encontrá-lo meio ao acaso em qualquer lugar, onde você menos espera. O problema é: a espera na janela. Como podemos saber que é o certo, que ele vira e quando ele virá?

Talvez vários possíveis ‘amores da nossa vida’ passem por nós todos os dias e não notamos porque sempre focamos nossos pensamentos em uma coisa notória. Como se, em um conto de fadas, o amor fosse aparecer e nossas vidas estariam feitas, com direito a final feliz canção e tudo mais que for de direito. Todavia se pararmos pra refletir nenhum conto de fadas é extraordinário no começo, por isso falamos ‘final feliz’ e não ‘começo feliz’.

Concluindo, não podemos deixar que a espera nos faça desistir de um grande amor, apesar de todo esse ceticismo, eu sei, que o meu (amor) está por vir – Tudo que vem fácil vai fácil.