quinta-feira, 24 de julho de 2008

Sunrise

Cansei do pôr-do-sol. Não agüento mais fim de tarde, coisas acabadas, saídas, embarques, despedidas, lamentos, finais, idas, tchau, "sentirei sua falta e adeus". Isso tudo me cansa.
Além disso, entristece-me o fato de ter uma saudade abafada, sufocante, daquelas que vem junto com um gosto amargo e uma desmesurada vontade de gritar. Porém, de nada adiantaria gritar - mesmo que fosse com o fôlego mais intenso -, a distancia tornaria o som e o meu esforço irrelevantes.

Por isso, agora desejo mais o nascer do sol. Quero mais dias novos, começar as coisas, entradas, desembarques, chegadas, sorrisos, começos, vindas, "oi, que bom te ver e vim pra ficar". Alegra-me pensar dessa forma, minha respiração fica mais branda e doce ainda que seja por alguns segundos de quimera. (In)felizmente a vida segue sua trilha em círculos e por trás de um belo nascer do sol, sempre haverá um pôr-do-sol e vice e versa.

sábado, 5 de julho de 2008

Ela não entende


Ela não quer o mais bonito, nem o mais inteligente e muito menos o mais forte. Não, ela não quer. Não precisa de um troféu, nem de uma enciclopédia muito menos de um guindaste ou algo to tipo. Ela quer abraços, quer palavras doces, beijos, suspiros e cafunés. Mas ela não entende. 
Não consegue perceber porque nunca é o certo, sempre tem algo de menos ou de mais. Ela não entende. Nesse vai e volta de idéias e ideais ela se confunde. Troca olhares com alguns, até se arrisca em beijar outros, mas ninguém tem o beijo de marshmallow, que só de imaginar faz suspirar pelos cantos da casa. Ela é romântica, fingi que não é porque gosta de bancar a durona. Adoraria receber flores, mas nunca ganhou. Também gosta de poemas – Vinícius, Fernando, Pablo -. Talvez o problema seja ela, mas isso fica pra depois.