terça-feira, 18 de março de 2008

historia sem fim ...

O céu às vezes engana, são as cores que ele tem. Eu tinha acabado de sair de casa observei que o céu estava num tom de vermelho tão adorável, que fixei os meus olhos e comecei a pensar em certos assuntos da minha vida. Com isso (entretida com a cor do céu) não reparei na enorme poça de lama que havia pela minha frente e caí.

Naquele momento me veio uma enorme vontade de chorar, todos na rua me olhavam, uns até ousaram rir sem se preocupar com a minha dor. No mesmo instante parei, respirei e disse em voz alta – que coisa idiota foi apenas um tombo, tantas pessoas caem de forma pior e riem disso -. Levantei, fui mancando até a guarita, abri a torneira e deixei a água cair. Depois de toda a lama sair da minha pele, notei que havia sangue no meu joelho, num tom exatamente igual ao do céu. Fechei a torneira e continuei a caminhada.

Nesse desfecho evitei olhar para o céu, o tom de vermelho pra mim não era mais adorável agora tinha um gosto de sangue. Continuei a pensar. Conclui um pensamento de acordo com o que havia acabado de acontecer: é às vezes nós ficamos tão encantadas com as cores que não notamos (ou não queremos notar) a sujeira que tem por baixo, conseqüentemente acabamos nos machucando e a dor é maior do que imaginávamos.

Foi então que meio do nada (ou talvez meu inconsciente pedisse isso) me veio lembranças á cabeça. Lembranças das cores, dos momentos e por fim das sujeiras. Instantaneamente veio um gosto amargo à garganta e uma vontade enorme de sair gritando, mas de nada iria adiantar.
Nisso olhei para baixo e, como em um livro de contos, havia vários trevos de quatro folhas pequenos em um tom de verde tão sublime, que me fez sorrir por um breve minuto – é as cores não são de todo mal, afinal a culpa não é delas. Somos nós os culpados -. Aquilo pra mim, foi uma injeção de esperança. Arranquei alguns, coloquei na minha bolsa e continuei a andar com apenas um trevo na mão.

segunda-feira, 17 de março de 2008

pensamento aleatório


O amor não faz o menor sentido, ate porque ele não é pra ser compreendido e sim pra ser sentido. Não tem sentido.