Ai está ‘A menina só!’ uma pequena história (comum) sobre uma menina e o seu amor.
Era uma vez uma menina
Era uma vez uma menina
Ela não era a mais bonita, nem a mais interessante, nem a mais inteligente...
Era apenas uma menina, só!
Era uma vez um menino...
Ele era o mais bonito, o mais interessante e o mais inteligente de todos os meninos do planeta Terra. Pelo menos pra menina, só!
A menina amava aquele menino mais que tudo na vida e por ele faria qualquer coisa.
Fez-se ouvir, fez-se amiga e de qualquer maneira queria o menino só pra si.
A menina só.
O menino, no entanto, fazia pouco caso daquele amor todo.
Não sabia medir a dor do seu descaso.
Gostava da menina mas gostava de muitas outras meninas mais.
Ela não!
A menina só.
Só dele queria amor.
Só dele queria amor.
E o tempo foi passando, a menina ainda criança no coração, só aprendeu a amar o seu menino que amou outras dezenas de meninas, tantas e tantas sem nunca ter amado a menina só.
Ela queria só um pouco de amor, a menina queria só um pouco, a menina só.
O amor que ela tinha era grande, dava pros dois e até sobrava.
Só que amar sozinha não tinha graça e a menina aprendeu que amar só, não dava pé.
Ela então resolveu observar e observou outros meninos e gostou!
Gostou só...amor mesmo só o menino pôde ganhar!
O menino da menina ainda é o mais bonito, o mais interessante e o mais inteligente pra menina, só!
Sem amor a menina resolveu ouvir e o menino gostou de falar e a menina ouvia sempre.
E o menino resolveu sorrir e a menina gostou de olhar.
Hoje ele fala, ela ouve. Ele olha, e ela sorri. Ele canta, e ela aplaude.
E caminham sempre juntos, sempre, sempre, sempre.
O amor da menina ficou lá trás, escondido debaixo da cama, no escuro, sem ninguém por perto Tem dias que ele, o amor, fica muito só e visita a menina.
E ela chora de saudade de ver seu amor, assim tão esquecido, mas chora escondida, a menina só! Esconde a saudade e a dor do amor perdido pra que ninguém veja que mesmo olhando, sorrindo e aplaudindo ela é uma menina só.