sexta-feira, 13 de junho de 2008

ELA só quer ELE


Uma garota sentada em frente a uma tela, já está de noite. Poderia ser uma noite mágica (mais um 12 de junho) mas pra ela não. Afinal, "quem não tem pra quem se dar os dias são iguais às noites" e todas as suas noites estão sendo de igual emoção (ou quase nenhuma emoção). Ela escuta um rock, jazz ou reggae e até arrisca um folk, entretanto não encontra nada de muito útil em letras que falam de um amor do qual ela não sente.

Ganhou presentes de um amigo, um ou dois. Ficou feliz por um tempo - E esse dia não é pra isso ?-, mas quando chegou à noite viu que eram apenas objetos, não podiam abraçar, beijar, nem falar palavras doces ao pé do ouvindo.

Isso a deixou triste (não triiiiste, apenas na emoção de sempre). A garota quer braços, boca e palavras e por mais clichê que possa parecer é isso que importa. Ela o quer. Ela tenta achar um nome, mas não consegue. Fica fantasiando cenas de amor e ódio com vários, mas nenhum se encaixa perfeitamente no bater da língua com o céu da boca ou muito menos no seu órgão que bombeia sangue. Este tá com uma falha, um buraco, tá quebrado e por isso suas emoções estão travadas. A garota só quer a peça, o play, o conjunto de letras, sílabas, palavras, braços, boca. Mas não encontra. ELA só quer ELE.