domingo, 1 de março de 2009

O Abraço


Ele tem um abraço difícil de descrever. Para alguns são apenas dois braços envoltos do corpo, mas o que sinto são asas que cobrem de proteção, amparam e me fazem pensar que nada pode causar-me dor.

E o quão bom é quando sinto seu coração bater contra o meu peito em um tom forte. Nutri meu corpo de alegria. Ele Tem ironia no modo como sorri, verdade no olhar e muita calma enquanto fala. Ah, e quando ele me beija, meu corpo fica leve, minha mente fica limpa, meus joelhos ficam fracos e meu coração acelera.

Sinto como se pertencesse a ele, de alguma forma ele domina meu juízo e acaricia minha alma.

Igual a ele


O menino com um lápis detrás da orelha. Como é encantadora a forma como ele morde a boca enquanto pensa. Já não me concentro mais, já não sei se é fascismo ou nazismo (ou se são os dois) só consigo prestar atenção naquele lápis, nele, na forma como ele pensa, olha pra cima e morde os lábios inferiores.

De longe, estou eu observando fixamente por minutos a fio. Só paro quando um celular toca, o professor o procura no meio de tantos outros celulares e o desliga. Ele ri e olha pra trás, tenho que desviar o olhar. Foi por pouco.

Volto para a segunda guerra, tenho que terminar isso logo. Não consigo.
Logaritmo de quatro na base x igual a ele. Só penso nele, no lápis, na boca, no olhar -A razão de todos os meus problemas ou talvez a solução deles.