sábado, 5 de dezembro de 2009

Do lado de cá


Estamos sempre em uma extensa caminhada. Na maior parte dela olhamos para frente com foco aonde queremos chegar. Entretanto, há horas em que parece estarmos na contramão e uma multidão nos empurra para trás. Só vemos pessoas e mais pessoas vindas no sentido contrário.

Essa é a hora em que mais acreditamos que olhar pra frente nos ajuda, nos orienta e nos guia. Todavia, esquecemos o fundamental: quem está ao lado, na mesma jornada, enfrentando o mesmo contra. E é nelas aonde podemos encontrar forças, dois corpos em sentidos iguais são melhores que apenas um. Mãos dadas, objetivos comuns, apoio.

Por isso, quando achar a jornada tumultuada demais para continuar, feche os olhos, respire e apenas olhe ao seu lado. Você pode encontrar pessoas aos quais nunca imaginou.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Tem que passar


Já nem sei mais o que pensar e na verdade não quero mais pensar. Eu tento ficar longe, mas alguma coisa dentro de mim se quebra quando o vejo (ah, e quão bom é quando ele está por perto). É como se ele conseguisse desarmar todas as minhas defesas, me deixando frágil e completamente ridícula.

Ele tem uma forma, uma maneira de me envolver (como eu queria ser indiferente a ele).
Isso está me matando, eu não posso me entregar a esse sentimento esdrúxulo. Como ele pode ter todo esse poder - quem lhe deu permissão pra me render dessa forma?-.

Esse sentimento é indigno, porem inevitável. Existem tantas coisas que impedem disto se tornar real (ele nem faz idéia de tal sentimento e nem poderá saber, não por agora). Minha cabeça dói só de pensar. Não vou pensar.

Irei fechar os olhos e simplesmente esperar que isso passe logo (eu sei que não será fácil, mas irá passar, tem que passar).

domingo, 1 de março de 2009

O Abraço


Ele tem um abraço difícil de descrever. Para alguns são apenas dois braços envoltos do corpo, mas o que sinto são asas que cobrem de proteção, amparam e me fazem pensar que nada pode causar-me dor.

E o quão bom é quando sinto seu coração bater contra o meu peito em um tom forte. Nutri meu corpo de alegria. Ele Tem ironia no modo como sorri, verdade no olhar e muita calma enquanto fala. Ah, e quando ele me beija, meu corpo fica leve, minha mente fica limpa, meus joelhos ficam fracos e meu coração acelera.

Sinto como se pertencesse a ele, de alguma forma ele domina meu juízo e acaricia minha alma.

Igual a ele


O menino com um lápis detrás da orelha. Como é encantadora a forma como ele morde a boca enquanto pensa. Já não me concentro mais, já não sei se é fascismo ou nazismo (ou se são os dois) só consigo prestar atenção naquele lápis, nele, na forma como ele pensa, olha pra cima e morde os lábios inferiores.

De longe, estou eu observando fixamente por minutos a fio. Só paro quando um celular toca, o professor o procura no meio de tantos outros celulares e o desliga. Ele ri e olha pra trás, tenho que desviar o olhar. Foi por pouco.

Volto para a segunda guerra, tenho que terminar isso logo. Não consigo.
Logaritmo de quatro na base x igual a ele. Só penso nele, no lápis, na boca, no olhar -A razão de todos os meus problemas ou talvez a solução deles.